O filme “O quarto de Jack” é uma riqueza de situações a serem olhadas do ponto de vista sistêmico. Para melhor aproveitar este texto você deve ter lido os dois anteriores sobre o filme (O quarto de Jack e a primeira lei sistêmica e O quarto de Jack e a segunda lei sistêmica).

Voltando à primeira lei sistêmica, da hierarquia ou ordem de chegada, é fundamental que seja respeitada a hierarquia entre pais e filhos no sistema, os grandes e os pequenos.

Em um momento do filme, Joy tenta se suicidar e é internada. Jack, que tinha um cabelo muito longo, não quis cortá-lo anteriormente porque entendia que dele vinha a sua força. Longe de sua mãe por conta da internação, pede à avó que corte seu cabelo para levar para sua mãe. Assim, sua força poderia se tornar a força da mãe.

NÃO, NÃO, NÃO!

O pequeno NÃO pode carregar o destino de salvar o grande. Essa tarefa é enorme para ele e tal carga não pode recair sobre seus ombros. A terceira lei sistêmica, o equilíbrio entre dar e receber, tem uma exceção: o movimento de pais para filhos. Os pais sempre dão e os filhos irão retornar esse fluxo quando tiverem seus próprios filhos.

Quando Joy volta para casa, diz a Jack que ele a salvou duas vezes. Como a criança se sente nesse momento? Ela sente que tem uma mãe que não é capaz de se defender e que este é o seu trabalho. Como essa criança poderá sair para a vida, criar autonomia em relação ao seu sistema de origem e criar o seu próprio sistema familiar saudável?

Para consolidar o que estou apresentando, Jack pergunta se podem voltar para o quarto, porque no quarto a mãe estava o tempo todo com ele. 

Toda essa história é por demais dolorosa. O olhar sistêmico com as leis do amor nos permite honrar cada um com sua história e seu destino, buscando dar o lugar devido a todos.

Já marcou sua conversa sistêmica?

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